A cada seis segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém em algum lugar morre de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Isso, no entanto, é mais do que uma estatística de saúde pública. Estas são pessoas que, ao mesmo tempo, eram irmãs de alguém, irmãos, esposa, marido, filha, filho, parceiro, mãe, pai ou amigo. Eles existiam e eram amados.
O AVC é a segunda principal causa de morte entre pessoas acima dos 60 anos de idade, e a quinta causa principal causa dos 15 aos 59 anos. O AVC também afeta crianças, incluindo recém-nascidos. A cada ano, cerca de seis milhões de pessoas morrem de acidente vascular cerebral. Na verdade, o AVC é responsável por mais mortes anualmente do que as atribuídos à AIDS, tuberculose e malária juntos – três doenças que foram referências de sucesso em campanhas de saúde pública, capturando a atenção da mídia mundial e que, consequentemente, convocando líderes mundiais, governos e diversos setores da sociedade civil para agir. No Brasil, o AVC é a primeira causa de morte e incapacidade, com um enorme impacto econômico e social.
Atrás dos números existem vidas reais. A Organização Mundial de AVC (World Stroke Organization – WSO) está pedindo medidas urgentes para enfrentar a epidemia silenciosa, lançando a campanha “Um em cada seis” no Dia Mundial do AVC, 29 de Outubro. O objetivo da campanha é colocar a luta contra o Acidente Vascular Cerebral como tema central da agenda global de saúde. O tema “Um em cada seis” foi escolhido pelos líderes da WSO para destacar o fato de que no mundo de hoje, um em cada seis pessoas no mundo inteiro terá um AVC durante a sua vida. Todos estão em risco e a situação pode piorar com a complacência e a inércia.