Soa como se não estivéssemos dispostos a acordar. Belo dia a vida nos empurra com Dor, ou Amor, e assim nos deparamos com uma versão de nós mesmos que ali estava mas insistíamos em fazê-la se fingir de morta.
Sonhamos todo o tempo
Lutamos e fazemos o que fazemos perseguindo nossos sonhos, e, muitas destas vezes fazemos isso de forma inconsciente e buscando por heróis que não existem. Nem mesmo nos reconhecemos como verdadeiros heróis pois nos sentimos frágeis e incapazes de representar isso para alguém.
Lhe garanto: alguém já lhe viu como um tipo de herói.
Um mestre disse:
Usamos constantemente os seres, os signos e as coisas que estão em nosso contato em proveito de nosso drama pessoal. Em vez de ver as situações e as pessoas tais como são, perdemos muito tempo tentando descobrir o que elas representam para nós. O que está em jogo no mundo também está em nosso pensamento. Será que ainda temos chance de aprender alguma coisa?
Acordamos
Lutei durante muito tempo para tentar induzir um tipo de “acordamento” (nem existe isso, eu sei) mas perceba que trata-se de um tipo de esforço que sempre me foi natural e intenso em produzir no outro um sentimento de despertar que, embora fosse puro e honesto, não surtia efeito. Não da forma como eu desejava.
Ocorre que o despertar do outro não pode ser induzido por mim. Trata-se de um processo natural e intrínseco, que no máximo pode ser estimulado por mim.
Aquele que teve o despertar no dia de hoje entenderá do que falo: reconhece sua inabilidade de compreender as palavras, ações e intenções do outro até que dele próprio surge, o que até então ao outro era óbvio, a iluminação, o despertar do sonho.
Esse Despertar é digno da maior honraria que podemos ter nessa vida, pois ali, naquele segundo em que fagulha da iluminação nos toca, sentimos que podemos andar com nossas próprias pernas e traçar nosso destino com nossas virtudes e vícios.
Do mesmo Mestre:
Não podemos escolher nossos pensamentos, mas podemos decidir não acreditar neles.
Culpar-se por um mau pensamento é aumentar o sofrimento.
Será que somos responsáveis por nossos sonhos?
Não. Mas se o pesadelo ficar insuportável, por que não acordar?
Era só um pensamento.