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Sobre encontrar nossos heróis, e, especialmente, nossas heroínas

Passamos

Uma vida inteira atrás de heróis e heroínas que justifiquem nossos credos e crenças: por mais “meta humanos” (ou divinos) que os heróis e heroínas sejam, estes carregam um componente humano que é praticamente infalível em descrevê-los: eles são quase humanos e na maior parte das vezes podem morrer.

Me peguei pensando em heróis e heroínas na sexta feira passada:

Eu saia de um local onde um amigo passava por um perrengue dos grandes: realmente dos grandes – Daqueles que pode mudar o resto das nossas vidas. Seja por gratidão aos momentos que passamos juntos, seja porque inevitavelmente teremos de ser ainda melhores no que fazemos para estarmos aqui em paz.

Eu olhava ao meu redor e queria encontrar algo que pudesse fazer aquele amigo passar de um modo mais aceitável por aquilo, eu queria encontrar um herói ou heroína que fizesse aquilo tudo ser diferente, mas eu não achava.

Estava entorpecido

Pela minha cegueira habitual.
Somos todos cegos.
Sem exceção.
Não enxergamos o óbvio nem que ele seja escancarado em nosso ventre.

Eu estava diante de 2 heróis e não percebia. Quão estúpido preciso deixar de ser pra aprender?

Eles, ali diante de mim, eram os melhores heróis que eu poderia enxergar em muitas vidas. E eu não via.

Mas hoje vi. E agradeci. Por reconhecer, e, por deixar de ser cego.

Da mesma forma vi isso na Andi nos momentos que tivemos de superar a nós mesmos: foi tudo muito intenso e pesado. Mas passamos. E fomos nossos próprios heróis a cada instante. E em toda a vida.

A luta é sempre com nós mesmos: como podemos nos superar? Olhar pro lado não fará nossa lida ser mais fácil. Nem mais simples. Pelo contrário: aquilo que enxergas como desejável e que lhe faria ir adiante, possivelmente, te arruinará. Pare. Atente. Entenda. Enxergue. Sinta e viva.

Vejo

Heróis e Heroínas no presente e no passado:

  1. Pais
  2. Esposa
  3. Amigos
  4. Família
  5. Anônimos que reconheci

Estes são meus verdadeiros heróis. Não necessariamente nessa mesma ordem. Mesmo porque eles se confundem. E a todo instante agradeço por cada um deles me ensinarem a ser melhor. Melhor que eu mesmo.

Você também enxerga isso?

Ainda sobre heróis, não deixe de ver esse video aqui:

 

 

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A sua compreensão tem de ser ampliada

Sobre a Família

Falar sobre a família é simples e complexo ao mesmo tempo:

Se por um lado é límpido e reluzente as relações que temos (Pais, Mães, Filhos, etc) por outro não é fácil descobrirmos o porque estamos nessa família.

Por que não outra? Por que não aquela que eu mais admiro?

Tenho desconfianças: você nasceu onde precisava, no tempo que deveria, com aqueles que te levarão a outro patamar.

Como não agradecer pelas lições que recebemos daqueles que estão ao nosso lado?

Eu lhe asseguro, você está exatamente onde precisaria estar. Nem um centímetro distante donde deveria.

Um dos mestres diria:

Desenvolva a capacidade de sentir o sofrimento para se salvar do sofrimento.

Tudo o que recusamos sentir se materializa e nos captura.

Quem não veste o próprio luto, constrói para si uma morada de morte.

Claro, límpido e simples: é assim que entendo a relação com a minha família.

E você?

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A dor que não posso sentir

O Fogo Liberador:

Os místicos do passado percorriam milhares de quilômetros peregrinando em busca de mestres ou de novos ensinamentos. Hoje tudo pode ser atingido sem esforço, os textos estão traduzidos e disponíveis.

Os mestres estão a apenas algumas horas de avião. No entanto, a viagem é ainda mais difícil porque a contrapartida interior do percurso externo está mais do que nunca repleta de obstáculos.

Já comentei aqui sobre as dores que vi a Andi passar, mas nessa etapa do tratamento, Radioterapia, não sinto as dores que ela sente, mas, sinto as minhas como reflexo das dela.

Trata-se de uma etapa ardilosa: enquanto ela era submetida as aplicações de rádio o corpo dela não dava sinal algum de que estava submetido a tamanho estresse.

Após o término das aplicações, então sim, o corpo dela deu sinais inequívocos que havia sido submetido aos raios.

Como posso não sentir a dor que Ela sente?

Mas, talvez, eu não devesse. Porém eu poderia, e assim o fiz. A meu modo, é verdade, mas o fiz da melhor forma que pude. E isso me trouxe paz.

A Paz que apenas a proximidade e a cumplicidade entre duas pessoas pode te trazer.

Como você encara as suas dores?

E como faz com os que estão ao teu redor?

Ainda sobre a mesma referência do início deste post:

Quando eu tinha dez anos, levava para a escola a chave de casa, porque voltava antes de meus pais, que às vezes trabalhavam até tarde. Numa noite de inverno, quando cheguei na porta de casa, procurei a chave e não achei.

A casa estava isolada. A noite caía. Estava sem a chave. Fiquei esperando na frente de casa. Uma hora, duas horas, três horas.

Meus pais não chegavam. Achei que nunca mais fossem voltar. Pus-me a chorar. Sentia-me muito sozinho, abandonado, exilado, infeliz.

Finalmente meus pais chegaram. “Por que você está chorando?”, perguntaram. “Como vimos que você tinha esquecido a chave, deixamos a porta aberta.”

Empurrei a porta. Ela estava aberta. Não tinha nem sequer pensado em tentar abri-la sem chave.

Quis contar essa história antes de começar só para dizer que sei que você não tem a chave. Ninguém tem a chave. Ninguém nunca a teve. Não precisamos de chave. A porta está aberta. Entre em sua casa.

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Sobre o que carregar para 2017?

2016

Claro que não foi possível planejar tudo o que passou em 2016, ali na virada do 2015. Mas foi possível ver muitas possibilidades. E são as possibilidades que ligam o desejo ao real. É possível ser feliz com as dores que essa vida lhe traz? CLARO! Te afirmo categoricamente que SIM, é possível.

Não sem dor. Dor física ou não. Mas é possível.

Cada momento de 2016 me deixou uma marca: vitórias e derrotas marcaram todos os instantes. Mas me deixo levar apenas pelas vitórias. As derrotas, hoje, fazem parte apenas do aprendizado.

Como eu poderia deixar de agradecer pelo aprendizado que tive com o câncer da Andi?

Note o seguinte: não tenho medo ou receio de falar sobre essa doença. Hoje sinto que vencemos (seja lá o que vencer significa) mas sinto ela aqui comigo, e pra mim, isso basta pra me sentir vencedor. Venci a Vida. Ou a morte, como você preferir entender.

2017

Ser feliz é amar-se em plenitude.

Planejar esse amor tem ainda mais significado quando penso:

O que desejo para 2017?

Desejo:

  • Paz
  • Saúde
  • Prosperidade
  • Alegria
  • Verdade
  • Amor

Nada menos que isso importa.

Como fazer?

Cuidando de mim e daqueles que amo.

De que forma?

Dando atenção a minha saúde. Sendo aquele que presta atenção àquilo que os olhos não enxergam.

Como um mestre diria:

Não deixe sua atenção se desviar do todo.
Vigie sua evolução global.
Não perca de vista a totalidade.
Conserve a presença de espírito.
Enfrente toda a realidade.

Que tenhas um 2017 de atenção contigo mesmo. É ali, contigo, que reside todo segredo.

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Novamente: é dia de orar

Mas dessa vez em agradecimento.

Hoje celebramos o retorno da Andi as atividades profissionais. Depois de alguns meses afastada do convívio dos colegas de trabalho hoje ela retornou.

Quanta alegria tenho por esse dia.
Quantas orações elevei ao Pai pedindo por isso.

Obrigado!

Obrigado por você nos acompanhar nessa jornada (que ainda não terminou).

Graças sejam dadas as pessoas de boa vontade que nos acompanham. E ao Pai que nos dá a dádiva da vida para celebrarmos cada segundo dessa experiência maravilhosa.

 

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Não posso eu, quando me encontro em apuro, fazer uma promessa com a intenção de a não cumprir?

De Immanuel Kant:

Não posso eu, quando me encontro em apuro, fazer uma promessa com a intenção de a não cumprir?

Facilmente distingo aqui os dois sentidos que a questão pode ter: — se é prudente, ou se é conforme ao dever, fazer uma falsa promessa.

O primeiro caso pode sem dúvida apresentar-se muitas vezes. E verdade que vejo bem que não basta furtar-me ao embaraço presente por meio desta escapatória, mas que tenho de ponderar se desta mentira me não poderão advir posteriormente incómodos maiores do que aqueles de que agora me liberto; e como as consequências, a despeito da minha pretensa esperteza, não são assim tão fáceis de prever, devo pensar que a confiança uma vez perdida me pode vir a ser mais prejudicial do que todo o mal que agora quero evitar; posso enfim perguntar se não seria mais prudente agir aqui em conformidade com uma máxima universal e adquirir o costume de não prometer nada senão com a intenção de cumprir a promessa.

Mas breve se me torna claro que uma tal máxima tem sempre na base o receio das consequências.

Não preciso pois de perspicácia de muito largo alcance para saber o que hei-de fazer para que o meu querer // seja moralmente bom. Inexperiente a respeito do curso das coisas do mundo, incapaz de prevenção em face dos acontecimentos que nele se venham a dar, basta que eu pergunte a mim mesmo: — Podes tu querer também que a tua máxima se converta em lei universal?

Medo. Medo das consequências nos movem mais do que podemos entender.

Enquanto não estamos atentos ao que nos ocorre ao redor, pensamos que as leis que regem o Universo podem ser flexibilizadas e, até mesmo de forma temporária, contrapostas em favor de nossas vontades e desejos.

A dúvida que vale, pelo menos a mim é: “Como cuidas de ti perante os teus desejos e vontades que vão contra o senso de não cumprir o que a ti mesmo prometes?”

  • Vícios
  • Desejos
  • Falta de comprometimento consigo e com os outros
  • Raiva
  • Cólera
  • Dor
  • Melancolia
  • Ódio
  • Traição
  • Mágoa

Reflexos da nossa inabilidade de tratarmos a nossa maior dádiva como deveríamos – Nesse caso a nossa vida.

Donde escrevo vejo uma academia – Daquelas mega fantásticas com uma dezena de pessoas se exercitando as 6 horas da matina (hora em que normalmente já estou de pé) até as 20 horas (hora em que normalmente aprecio meu vinho e escrevo). Me pergunto:

Quantas promessas já me fiz que deveria ali estar para cuidar de meu templo?

Me respondo:

Tantas quantas as gotas do oceano.

Não me martirizo. Mas me ponho a pensar a respeito de nossa incapacidade de sermos fiéis aos nossos próprios preceitos e promessas.

Posso conviver com a incapacidade de não cumprir com o que me prometo?

Posso. Mas não devo. Muitas vezes apenas quero.

Como você faz para manter sua própria honra frente a isso?

Deixas a inocência te guiar?

Por fim:

Quando irás cuidar de ti mesmo da forma como sabes que deverias?

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Todo ato realizado na confusão adensa a confusão

Quando estás na confusão da vida, cada ato, cada pensamento adensa a confusão da mente. Sério. O olho do furacão pode parecer calmo mas, em verdade, ele é apenas o rescaldo, uma preparação para o ato mais duro que terás de enfrentar: terás de sair dali em direção ao próprio furacão – Não sendo assim não conseguirás.

Não tenhas medo

Parece duro esse raciocínio mas ele não é: terás de enfrentar o desafio com todas as tuas energias e, especialmente, com toda tua perspicácia. Ele te forneceu tudo o que precisas para isso.

Pense como um dos meus mestres:

O infeliz vive num mundo hostil, cheio de obstáculos. É estrangeiro num mundo que o agride e o frustra. O sábio, em compensação, tem a riqueza infinita de um mundo que lhe pertence. O mundo o ama. O mundo lhe devolve o amor que ele tem por si mesmo.

A agressão lhe dói? Seja mais forte.

Buscas a riqueza? Saiba que ela ja lhe pertence.

O que exalas para o mundo é refletido em tua direção, com intensidade ainda maior.

Essa armadura, que com orgulho dizes que a vida lhe fez obter, e, que acreditas lhe faz mais forte (pois protege das dores), também te faz ser insensível aos afagos que os próximos lhe fornecem. Pense bem: a tua grosseria não te fará ser melhor, ao contrário, te tirará a maior benção que temos – SENTIR.

Amar, em verdade, é o prazer supremo

Estar aqui, nesse mundo, nesse momento, com estas pessoas, é a verdadeira experiência. Fora isso, estar aqui e não amar é o verdadeiro suplício. Todo o restante não importa.

Assim, qualquer relação que te submetas, que esta seja o seu único motivo. Com as dores e amores que esta te trouxer.

E dessa forma, amando o que está ao teu redor, te permitirás amar-te a ti mesmo.

O fim ainda é o início

Quando comecei a escrever sobre esta etapa da nossa vida, o fiz porque precisava deixar algo para você que nos acompanha. Contudo, hoje percebo que, mais do que deixar um legado, deixo a minha visão de vida – Compartilho aquilo que tenho de melhor: eu mesmo.

Sou assim, e, confesso, desejei ter esta oportunidade (talvez não neste contexto), mas me sinto liberto pois cada palavra que recebo, cada incentivo me faz ir adiante.

Nada, absolutamente nada é superior a alegria de poder viver aqui e agora. Seja você agora pois o depois ainda não existe.

 

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Tive medo

De um de meus mestres:

As coisas supostamente “reais” são constantemente definidas, categorizadas, imbuídas de valor, produzidas e reproduzidas pelos mecanismos inconscientes das associações mentais. Tais como os percebemos, os objetos de desejo, aversão, ciúme, inveja, medo ou ressentimento são gerados pelo espírito.

Será que eles existem para um mosquito ou um boi?

Existiriam também para um ser humano de outra cultura ou com uma psicologia diferente da nossa?

Guardariam eles sua identidade sem nossos pensamentos? Ora, nossos pensamentos são como sonhos.

Ontem tive medo

Medo de que? Do óbvio? Da morte?

Por que temos medo daquilo que nos é compulsório?

Morrer é única obrigação que temos nessa existência, então porque temer isso?

Desconfio que seja nosso desejo de não terminarmos sem antes cumprirmos nosso dever.

Tive medo porque desejo muito mais com ela. Desejo que tenhamos inúmeros desafios juntos: mantermos nossa família unida e criando tudo o que sonhamos para nós 3.

Mas isso tudo não me impede de assumir: tive medo.

E me sinto completo também por isso.

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O que alimenta tua alma?

O que REALMENTE alimenta tua alma?

O que fazes que te deixa com a sensação que vale a pena estar aqui?

Não tenho respostas para isso, afinal, a vida é tua, mas tenho sugestões que podem te fazer pensar. E só por realizar este exercício já lhe agradeço.

Família

Não importa o tipo de família que tenhas: é certo que estás no berço adequado para aprenderes (e ensinares) o que precisas. A família é a primeira forma de alimentar a alma com tudo que precisas. Com eles – e por meio deles – fazes o que precisas para enriquecer tua experiência neste plano.

Tenho a família que preciso para me enriquecer da forma que preciso – Sem nenhuma exceção eles me fazem melhor a cada dia.

Amigos

Alguns tem muitos, outros poucos, mas, a única certeza que tenho deles é que cada um deles me faz a melhor versão a cada interação – Praticamente os amigos são a família que tivemos o privilégio de escolher.

Carrego comigo alguns que há mais de 20 anos estão ao meu lado: é duro manter uma relação neste prazo, mas eles me enchem de honra por cada palavra que proferem em nosso incentivo. De palavras escritas aos momentos mais intensos como um beijo é assustador o que se pode conseguir por meio destes anjos.

Dúvidas

São elas que atormentam? OK, mas elas também te movem a outros patamares.

Dizes a ti mesmo: “Faço isso ou faço aquilo?”

Percebes o poder que tua dúvida tem perante ti mesmo? E o quanto isso te faz se desenvolver numa versão ainda melhor de ti mesmo?

Duvidar é a melhor forma de se recriar.

Agradecer

Simplesmente agradeceres por estares vivo e aqui é uma benção. E talvez este seja o maior alimento que tua alma possa merecer. Ter gratidão pela vida vai em direção ao infinito quando a escala de gratidão é correta.

Agradecer tem origem no latim obligare, “ligar por todos os lados, ligar moralmente”, ou seja de alguma forma você está conectado àquele ato. Por fim, são as conexões que nos movem.

E pra você? Quais são os alimentos que realmente nutrem a tua alma?

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Obrigado. O caminho já não é tão longo e a diversão é a única certeza

Tá bem, nada ė tão simples quanto imaginamos, mas nem tão complicado.

Estamos próximos do fim do tratamento da Andi e única certeza que tenho é que todo apoio que recebemos foi uma benção – Divina e Humana.

Olhar minha esposa caminhando comigo, e sendo quem Ela sempre foi, é uma benção!

Claro que as coisas não são como sempre foram: nunca serão pois a única certeza é a mudança, a transição.

Mas isso não me impede de ver a beleza delas em cada detalhe. Brinco comigo mesmo: Deus (a Luz, a Energia, o Grande, enfim seja la como você chama Ele) está nos detalhes, em cada detalhe.

Ela está aqui do meu lado, lendo um livro: agradeço à Deus pela oportunidade. Não preciso olhar pra ela e dizer isso, Ela sabe disso. Todas as noites agradeço por Ela e pelo Dmitri estarem do meu lado. Como não agradecer por isso? Tanto quanto pelas bençãos e rezas que recebemos ao longo deste ano.

De fato, recebemos orações de quase todos os continentes durante este ano, e, isso ajudou a Andi a se recuperar de forma muito rápida: em 2 semanas após a cirurgia ela estava caminhando comigo, sem dores, sem complicações. Obrigado, você nos ajudou a construir esse cenário.

É engraçado

Mas a certeza que a morte nos espreita nos faz sermos diferentes do que costumeiramente somos: mudamos de hábitos, desejos e sonhos com um estralar de dedos – Simplesmente porque lembramos do óbvio – Nossa passagem aqui é rápida e efêmera.

E ainda assim não desistimos de ser quem realmente somos.

Ainda bem!

O simples, como sabes, não é o mais fácil

O óbvio te cerca: e ainda assim o ignoras. Por que? Porque temos o desejos de complicar o simples, de deixar tudo o mais complexo possível pois assim desejamos. Anseio e desejo se confundem pela nossa falta de atenção e foco.

A atenção aos detalhes te traz percepções únicas e que não deverias ignorar. Por que ignoras isso?

Uma música, um cheiro, um som

Tudo isso te traz memórias que sāo pertinentes ao que vives, e, ainda assim, ignoras. Por que?

Porque estás atordoado com o restante: dúvidas, perguntas, amanhã, trabalho, dívidas… Ilusões, nada além.

Não deixe isso conduzir teus passos.

Você pode definir quais serão teus passos sem se preocupar com estas dúvidas, tanto quanto nós nos deixamos conduzir pelas incertezas da vida. Nada além vale. Dúvidas te movem, e, nos trouxeram até aqui. Nos levarão adiante, com toda certeza. Agarre a incerteza e siga adiante.

Um novo Eu não exige brutalidade

Poderia escrever horas sobre como 2016 me mudou: dos aspectos profissionais aos pessoais teríamos longos dias de conversa, mas, da forma como me vejo sinto que a mudança me faz a cada segundo melhor. Ainda que meus vícios me consumam tenho muito prazer em ser o que sou: Pai, Amigo, Irmão. E mudar como me mudo a todo instante apenas me faz melhor. Na melhor versão que posso ser.

As vezes quieto, as vezes extremo. Mas melhor a todo momento. Fazendo o que acredito que devo fazer.

Me dou o direito de errar conforme preciso. E as vezes preciso muito errar pois ali, naquele momento de erro, sou como deveria ser – Sem ser recriminado por mim mesmo.

Como diz um dos mestres:

Não olhe para o que você vê. Sinta o que a visão faz no seu coração.

E assim sejas além do que achas que podes ser.